A garrafa de mergulho, é um reservatório cilíndrico, metálico, capaz de armazenar ar comprimido a pressões muito elevadas (200 ou 300bar). A torneira é enroscada e vedada com uma junta tórica, de forma a reter o ar dentro da garrafa (desta peça se falará mais adiante).
A garrafa é normalmente fabricada em liga de aço ou de alumínio, sendo as garrafas de aço as mais utilizadas em Portugal. As capacidades mais usuais são as de 10, 12 e 15 litros.
Normalmente a garrafa tem uma base em plástico ou borracha, que serve para que a garrafa possa ser colocada de pé quando está a ser carregada.
As características técnicas da garrafa estão inscritas no bojo superior da mesma, junto ao gargalo. Nestas inscrições podemos ver os seguintes elementos:
As garrafas são carregadas em compressores especialmente fabricados para o efeito, com sistemas de purificação que tornam o ar próprio para ser respirado sob pressão.
Há toda a vantagem de que o enchimento da garrafa seja feito lentamente para evitar um aquecimento muito rápido.
Para que as condições de segurança deste processo estejam reunidas, nenhuma garrafa deve ser cheia se a data da prova hidráulica estiver fora do prazo exigido por lei. Além disso, nunca se deve exceder a pressão de serviço para evitar deformação permanente do material.
Estes cuidados devem ser tomados pelo pessoal afecto à estação de enchimento, que também deverá ter a máxima atenção ao estado dos filtros do compressor, cuja duração prevista deve ser respeitada.
De acordo com a legislação europeia, as garrafas fabricadas a partir de 1995 terão obrigatoriamente de apresentar o punção da “homologação da UE”, para que possam fazer a prova hidráulica e o enchimento.
Ainda que a garrafa seja o elemento mais robusto do escafandro deve ter-se o máximo cuidado no seu manuseamento, sobretudo por causa da fragilidade da torneira que, dada a sua posição saliente, está sempre sujeita a pancadas que a podem danificar.
A garrafa deve estar sempre deitada para não cair acidentalmente, o que pode causar estragos e magoar quem estiver perto.
Durante o transporte (automóvel, barco), além de deitada, a garrafa deve estar entalada para não rolar, evitando que a torneira sofra pancadas.
A pintura da garrafa deve ser mantida em bom estado de conservação, uma vez que as esfoladelas e cortes são portas de entrada para a oxidação do material. A utilização de redes ou lonas envolvendo o corpo da garrafa são protecções adequadas, apesar de terem alguns inconvenientes.
Deve-se evitar abrir demasiado a torneira e deixar sair rapidamente o ar, para impedir que se forme condensação no interior da garrafa devido ao brusco arrefeci- mento que se verifica quando o ar se expande.
É conveniente que todos os anos seja feita uma inspecção visual ao interior da garrafa para se avaliar o estado de conservação interno (ausência ou não de ferrugem ou corrosão), inspecção essa que deverá ser feita por um técnico habilitado.
Nunca deixar uma garrafa com a torneira aberta.
Durante longos períodos de armazenamento, a garrafa deve ser mantida de pé para que a água resultante da condensação se deposite no fundo, que é parte mais espessa da garrafa, e fechada com ar comprimido à volta dos 50b.